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Análise Técnica

 

Este trabalho é no âmbito da Unidade Curricular de Biomecânica das Atividades Desportivas e incide na diferença entre a descrição do movimento entre um passe curto e um passe longo no futebol. Para isso recorremos à análise qualitativa, através do SDIS-GSEQ. O objetivo do trabalho é analisar se há diferenças entre os dois gestos técnicos e, no caso de haver, identificá-las. Escolhi este tema, pois sou um aluno e futuro treinador de futebol, o que faz com que me interesse por esta área e queira investigá-la.

 

 

Revisão de Literatura

 

De acordo e enquadrando o trabalho com estudos já realizados pode-se observar que para diferenciar um passe longo de um passe curto, pode-se ter como base o estudo na biomecânica.

 

Segundo Melo, S. e Junior, A., no passe longo, para colocar a bola a uma distancia maior e de forma alta, o corpo deve diante do plano frontal estar colocado em sentido posterior, a colocação dos braços deve ser ampla em relação ao corpo, o pé de apoio deve ser colocado um pouco à frente da bola e o pé dominante deve atingir a bola com a parte frontal do pé e na parte inferior da bola para assim a bola poder fazer um arco.

 

No passe curto o corpo diante do plano frontal deve estar no prolongamento deste mesmo plano ou no sentido inferior, a colocação do braço direito no caso de o jogador ser destro é de forma ampla, mas o braço esquerdo está junto ao corpo, o pé de apoio pode estar anterior ou mesmo ao lado da bola e por fim o pé de contacto deve atingir a bola com a parte de dentro ou de fora do pé e deve atingir a bola na parte central da bola.

 

Com a revisão de literatura realizada destaca-se a seguinte citação: “das quatro fases da colocação do pé de apoio, a fase em que o pé está totalmente apoiado apresentou maior contribuição no ângulo de saída da bola” (Melo, S. e Junior, A.), ou seja, se o pé de apoio for colocado no momento de contato com a bola totalmente no chão significa que a colocação dos membros superiores diante do plano frontal é posterior, o que provoca assim a elevação máxima da bola e possibilita assim um maior ângulo de saída da bola.

 

Após investigação podemos enquadrar o estudo do remate na própria investigação apesar do pé de contacto ter formas diferentes no contato com a bola, mas todo o movimento é o mesmo como podem observar na citação seguinte.

 

“Borsari (1989), descreve a técnica de execução do chute com o dorso do pé e  relata que: a alavanca é formada com toda a perna, que se forma desde o quadril até o pé estendido; o peso do corpo se firma sobre a perna de apoio um pouco flexionada, com o pé apontando para frente e ao lado da bola, numa distância de 10 a 20 cm da mesma; a perna que vai chutar a bola deve sair de trás, semiflexionada, balanceando de trás para frente no plano vertical como num pêndulo; o corpo deve estar um pouco inclinado para trás, o braço contrário à perna de chute deverá estar elevado lateralmente, e o outro braço deverá estar ao longo do corpo, facilitando o equilíbrio; o olhar acompanha a bola desde a entrada até o toque; e  finalizar o movimento dando continuidade ao movimento da perna de ataque.”

 

Através de instrumentos biomecânicos pode-se perceber as diferenças entre o passe longo e o passe curto enquadrando a diferença de ângulos dos membros inferiores e superiores, nomeadamente utlizando o software Peak Motus e mesmo o utilizado nas aulas que nos ajudou na elaboração do nosso trabalho, SDIS-GSEQ.

 

 

Metodologia

 

 

Problema de estudo

 

Para a elaboração do trabalho criámos o seguinte problema de estudo:

        -Quais as diferenças na descrição do movimento entre um passe curto e um passe longo no futebol?

 

 

Amostra

 

Para a amostra foi escolhido um aluno da Escola Superior de Desporto de Rio Maior do sexo masculino e 19 anos, com vários anos de carreira no futebol e atual jogador.

 

 

Recolha de imagens

 

Para a recolha de imagens foi utilizado um telemóvel (iPhone 5) perpendicularmente colocado em relação ao atleta.

 

 

Instrumentos utilizados

- Telemóvel (iPhone 5)

- Roupa desportiva

- Uma bola de futebol

- Computador

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Procedimentos

 

Para as filmagens foi escolhido um espaço de relvado natural onde o ambiente pudesse estar mais enquadrado com a realidade.

Antes das filmagens, e para que nenhuma lesão ou constrangimento ocorresse, preparámos um aquecimento para o atleta, a fim de executar os gestos técnicos em perfeita forma física e psicológica.

 

 

Tratamento de dados

 

As imagens foram retiradas do vídeo no programa Windows Media Player. Para a execução das tabelas das condutas foi utilizado o Microsoft Office Word e para a validação do instrumento foi utilizado o programa SDIS-GSEQ.

 

Tabelas

 

Em baixo estão representadas as tabelas,das condutas, uma para cada fase.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resultados

 

Na imagem em baixo está representado o tratamento de dados no programa SDIS-GSEQ em relação ao passe curto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na imagem em baixo está representado o tratamento de dados no programa SDIS-GSEQ em relação ao passe longo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Discussão e Conclusão

 

Discussão

 

Após a análise dos resultados pode-se verificar que houve uma excelente validação do instrumento inter-observadores, aproximadamente 100%.

 

Através da análise dos códigos observados de cada fase pelos observadores consegue-se verificar as diferenças da descrição do movimento entre o passe curto e o passe longo. Na fase de aproximação, o movimento do braço esquerdo e a retroversão da bacia são bem mais acentuados no passe longo que no passe curto. Na fase de contacto com a bola, o pé de apoio está mais à frente da bola e os braços estão mais posteriores em relação ao tronco no passe longo. Na fase de início da flexão da coxa e extensão da perna, no passe longo, o pé de apoio eleva o calcanhar e o membro inferior predominante move-se para a esquerda, ficando o pé de contacto à esquerda do pé de apoio, facto que não acontece no passe curto, que o pé de contacto apenas se move para a frente.

 

 

Conclusão

 

Com este estudo conclui-se que no passe curto os braços não ficam posteriormente colocado em relação ao tronco, o que acontece no passe longo, e em relação ao contacto com a bola, no passe curto é feito com a parte interna do pé, enquanto no passe longo é feito com a parte mediana do pé, ou seja, peito do pé.

 

Bibliografia

 

Silva, G. (2012). Instrumentação Biomecânica Aplicada à Análise do Desempenho do Chute em Jogadores de Futebol de Campo. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista.

 

Junior, A. (2007). Interferência do Ângulo do Pé de Aopio no Ângulo de Saída da Bola no Chute de Futebol com Bola Parada. In: Congresso Brasileiro de Biomecânica, 2007, São Pedro.

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